“Podemos tornar-nos terreno fértil para a Palavra de Deus”, afirma Papa

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Antes de rezar a oração mariana do Ângelus deste domingo, 12, Francisco fez uma reflexão sobre a parábola do semeador

Da redação, com Vatican News

Antes de rezar o Angelus neste domingo, 12, o Papa Francisco propôs aos peregrinos presentes na Praça São Pedro uma reflexão sobre a parábola do semeador que lança a semente da Palavra de Deus em quatro diferentes solos. Que segundo o Papa é a “mãe das parábolas porque fala em ouvir a Palavra”.

“Existem diferentes formas de receber a Palavra de Deus. Podemos fazê-lo como um caminho, onde as aves vêm imediatamente e comem as sementes. É a distração, um grande perigo do nosso tempo”, alertou o Santo Padre. De acordo com Francisco, as distrações podem levar a perder facilmente a fé, principalmente quando se perde o gosto pelo silêncio e o recolhimento.

O segundo modo de acolher a Palavra de Deus é, de acordo com o Papa, quando homens e mulheres a recebem como um solo pedregoso. “Nele a semente brota depressa, mas também seca rapidamente, porque não consegue criar raízes profundas”. Este caso caracteriza-se pelo entusiasmo momentâneo que permanece superficial, não assimila a Palavra de Deus.

“Podemos ainda acolher a Palavra de Deus como um solo onde crescem arbustos espinhosos. E os espinhos são o engano da riqueza, do sucesso, das preocupações mundanas… Aí a Palavra permanece sufocada e não dá fruto”, ressaltou.

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Por fim, Francisco ensinou sobre acolher a Palavra de Deus em um bom terreno. “Aqui, e só aqui é que a semente ganha raízes e dá fruto. A semente que caiu neste solo fértil representa aqueles que ouvem a Palavra, a acolhem, a guardam no coração e a põem em prática na vida cotidiana”.

O Pontífice afirma que sempre “a Palavra de Deus é uma semente que em si mesma é fecunda e eficaz” e que “Deus espalha-a por toda a parte com generosidade, independentemente do desperdício. Assim é o coração de Deus! Cada um de nós é um solo onde cai a semente da Palavra, ninguém é excluído!”.

O Santo Padre convidou os católicos a refletirem: “que tipo de terreno sou eu? Pareço-me com o caminho, com o solo pedregoso, com os arbustos? Mas, se quisermos, podemos tornar-nos terreno fértil, lavrado e cultivado com cuidado, para que a semente da Palavra amadureça”.

Fonte: Vaticano