No final do mês de janeiro, o pároco padre Fábio Lopes Vieira, SCJ, da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, de Formiga, realizou a unção dos novos líderes dos Católicos em Células na paróquia.
Os líderes eram membros participantes que agora tem a função de liderança dos grupos – células.
Os Católicos em Células são pequenos grupos de pessoas em constante multiplicação, que procuram evangelizar, fazer discípulos e desempenhar o ministério através das relações cotidianas. Na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, é realizado onde há uns anos.
Saiba mais sobre os Católicos em Células
Os Católicos em Células são constituídos de 8 até 15 pessoas que se reúnem semanalmente como uma família, e que têm compromisso de participar nas atividades da Igreja local (a comunidade maior, por exemplo, a paróquia).
Nelas, vivencia-se os 5 propósitos de Deus para a Igreja:
Koinonya – comunhão fraterna;
Liturgia – louvor e adoração;
Catequese – edificação dos discípulos pela Palavra;
Martyria – anúncio de Cristo;
Diakonia – serviço uns aos outros.
A célula é uma comunidade e não uma mera reunião. Todavia, no seu encontro semanal esses 5 propósitos são manifestados, em seus 5 estágios, também chamados de 5′Es: Encontro, Exaltação, Edificação, Evangelismo e Entrega.
O propósito básico de uma célula é evangelizar e crescer, para multiplicar-se e formar discípulos de Cristo. Isto é conseguido através da realização de sete finalidades:
- Crescer na intimidade com o Senhor;
- Crescer no amor recíproco;
- Compartilhar Jesus com os outros;
- Realizar um ministério no Corpo místico da Igreja;
- Dar e receber apoio;
- Treinar novos líderes;
- Aprofundar a própria identidade de fé.
Onde a célula se reúne?
Priorizamos as reuniões nos lares, mas a célula pode se reunir também em empresas, escolas, salões de condomínios, em qualquer lugar que propicie o bem-estar dos membros.
Por que uma célula não pode ter mais que 12 ou 15 pessoas?
Porque num grupo maior não há tempo suficiente para que todas as pessoas compartilhem e recebam ministração. Além disto, sendo um dos valores da visão de células o acompanhamento pessoal dos membros, este se torna impossível com um número alto. Por fim, também as casas normalmente não comportam grandes grupos.
O que a célula não é:
Grupo de devoção – Existem muitos grupos devocionais que se reúnem nos lares. São baseados em práticas religiosas como o terço e as novenas. Certamente têm sua utilidade, mas diferem essencialmente quanto aos propósitos das células.
Grupo de oração – Normalmente esse tipo de grupo é composto de pessoas que têm a seguinte atitude: “O que o grupo pode fazer por mim?” (Emprego, cura, conhecimento…). Um dos estágios da reunião da célula é a oração, mas não é esta a sua maior proposta.
Grupo de discussão bíblica – Estes grupos, também conhecidos como círculos, não estimulam a comunhão fraterna tanto quanto uma célula. Além de atender às reais necessidades das pessoas, a célula é uma experiência aberta a acolher novas pessoas, e jamais pode se fechar em si mesma.
Como é uma célula?
Na biologia, a célula não é o corpo todo, mas traz dentro de si todas as informações necessárias para gerar um corpo inteiro. Nesse sentido, célula é a miniatura da Igreja se reunindo nos lares, é uma pequena comunidade e que atua como centro de treinamento ministerial, pois além de seus membros vivenciarem o “amai-vos” (cf. Jo 13,34), são capacitados para o “ide” (cf. Mt 28,19).
A célula imprime um estilo de vida, de modo que seus membros não conseguem separar fé e vida. Por isso, testemunham Cristo no meio em que vivem (oikos), penetrando nos variados segmentos da sociedade, como sal e luz (cf. Mt 5,13-14).
A convivência dos irmãos é o que garante vida à célula. Nela são gerados fortes vínculos de comunhão, de amizade e de aceitação. Algumas células são homogêneas (exemplo: somente casais, jovens, mulheres…), outras heterogêneas (integrando pessoas de diferentes sexos e idades).








