“Para a recuperação das pessoas cancerosas o afeto e a compaixão são fundamentais”, afirma bispo referencial da Pastoral da Saúde

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Neste dia 27 de novembro comemora-se o Dia Nacional de combate ao Câncer, data em que são lembradas as batalhas que são travadas diariamente contra uma das grandes doenças no mundo atualmente.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o câncer é a segunda causa de mortes no Brasil e no mundo atualmente, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares. Ainda de acordo com o órgão, até 2030 os números podem crescer, chegando a 27 milhões de casos incidentes de câncer, 17 milhões de mortes por câncer e 75 milhões de pessoas vivas, anualmente, com câncer.

Em 1988, o Dia Nacional de Combate ao Câncer foi criado pelo Ministério da Saúde para ampliar o conhecimento da população sobre o tratamento e, principalmente, para reforçar a prevenção da doença.

“O combate ao câncer tem sido aprimorado com tratamentos, especialmente com diagnósticos, mas essas campanhas visam principalmente à prevenção. A prevenção do câncer supõe uma vida sem estresse, com alimentação saudável e ainda claro se há antecedentes familiares, pois o genotipo deve ser observado. Mas, cada vez mais se reconhece o aspecto emocional, a importância dessa interface entre as doenças psicológicas com o câncer”, afirma o bispo referencial da Pastoral da Saúde, dom Roberto Francisco Ferrería Paz.

Novembro Azul

Também o mês de novembro, conhecido como Novembro Azul, foi criado com o objetivo de chamar atenção para a prevenção e o dignóstico precoce das doenças que atingem a população masculinas, com ênfase no câncer de próstata.

Dados do Ministério da Saúde informam que diariamente, 42 homens morrem em decorrência do câncer de próstata e, aproximadamente, 3 milhões vivem com a doença. Já o Instituto Nacional de Câncer (Inca), divulgou que foram diagnosticados 68.220 novos casos de câncer de próstata e cerca de 15 mil mortes/ano em decorrência da doença no Brasil, para cada ano do biênio 2018/2019.

É o tipo de câncer mais frequente entre os homens brasileiros, depois do câncer de pele, ocorrendo geralmente  em homens mais velhos – cerca de 6 em cada 10 casos são diagnosticados em pacientes com mais de 65 anos.

“No novembro azul temos que ampliar, ainda, o cuidado, a prevenção dos homens que ainda por preconceito, lamentavelmente, houve o aumento dos casos nesses últimos tempos. Preconceitos ligados a uma imagem de masculinidade bastante errônea, porque ser homem é ter cuidado, é justamente aceitar os diagnósticos que possam ser realmente mais precisos na averiguação e detecção do câncer”, afirma o bispo referencial da Pastoral da Saúde, dom Roberto Ferrería Paz.

Pastoral da Saúde

A Pastoral da Saúde tem um grande papel de evangelização dentro e fora da Igreja. É ela que tem o dever de conscientizar sobre os enfermos e tudo que está relacionado com a área da saúde, inclusive no combate ao câncer.

“Como Pastoral da Saúde fazemos nosso chamado às famílias a refletirem especialmente no caso do câncer infantil. É importante termos muita ternura, muita acolhida e digamos assim, nesse tempo de pandemia, a presença da comunidade é essencial para esses casos mostrando o quanto a pessoa cancerosa faz parte da nossa grande família”, enfatiza dom Roberto.

E complementa: “Para a recuperação das pessoas cancerosas o afeto, a compaixão, o sentido da vida são fundamentais”.

Com informações do Ministério da Saúde. Foto de capa: Marijana1/Pixabay