O mês de setembro nos convida a conhecer, amar, praticar e anunciar a Palavra. Deus mesmo suscita em nós a “fome da Palavra”. Em nossa boca, a Palavra é uma delícia. Ela alegra, transforma e dilata nosso coração. A flor murcha, a erva seca, mas a Palavra permanece. Ela é inesgotável.
Sim, no início existia a Palavra: “Deus disse: faça-se”. As coisas existem por ordem da Palavra de Deus. Elas são o pensamento de Deus pronunciado. Elas se originam no coração de Deus e são criadas pela força da Palavra divina.
A Palavra é criadora, regeneradora, fecunda, recriadora. “Dize uma Palavra, e meu servo será curado”, pede o centurião romano a Jesus. A Palavra de Deus pode criar uma vida nova em nós. O primeiro mandamento de Israel era o shema: “Escuta Israel”. No Tabor, Deus diz: “Este é meu filho muito amado, escutai-o”.
A Palavra é comunicação, é expressão do sentimento, é voz da verdade, é ponte, é diálogo, é revelação, é terapia. Os quatro atos negativos da palavra humana são: a mentira, a maledicência, os insultos, a tagarelice. A isso chamamos de babel, ou seja, confusão. Já os quatro atos positivos são: a franqueza, o elogio, a escuta, a clareza. O que caracteriza o ser humano é a linguagem. Assim, o homem é um ser falante e, ao mesmo tempo, ouvinte.
Precisamos proteger a Palavra de Deus, cuidar dela e zelar por ela. Vejamos as razões para que a Palavra seja protegida pelo “NÃO”:
Não falsificar a Palavra.
Não acorrentar a Palavra.
Não pregar a nós mesmos, ou seja, não projetar a si mesmo na pregação.
Não emudecer a Palavra.
Não manipular a Palavra.
Não silenciar a Palavra.
Não ocultar a Palavra.
Não ler mal nem depressa a Palavra
Não supor o conhecimento da Palavra pelo povo.
Não só de pão vive o homem, mas da Palavra que sai da boca de Deus.
Não dificultar o acesso à Palavra.
Não ignorar as Escrituras.
Não prejudicar a Palavra pela incoerência e pelo palavrório.
Não envelhecer a Boa-Nova.
Não deformar o Evangelho.
Não fazer da Bíblia um livro somente de estudo, de consulta, de discussão.
Não tornar estéril a Palavra pelas más ações e pelo mau comportamento.
Não ler a Palavra ao pé da letra e com interesse individualista.
Não trocar a Bíblia por outras devoções.
Não obrigar a Palavra a dizer o que ela não disse.
Não domesticar o Evangelho.
Símbolos que revelam a Palavra
A palavra é pão: nutrição, alimento, comida, delícia: “Toma o livro e come-o”.
A palavra é rocha: fundamento, segurança, alicerce, proteção.
A palavra é ouro, prata, tesouro.
A palavra é doce como o mel.
A palavra é lâmpada.
A palavra é martelo.
A palavra é chuva.
A palavra é espada.
A palavra é leite.
A palavra é carta.
A palavra é espelho que reflete o rosto de Cristo.
A palavra é motor: movimenta toda a criação.
A palavra é bússola, é guia.
A palavra é semente.
Crédito: A12.com – Dom Orlando Brandes
