Concertos celebram 80 anos do órgão de tubos da Igreja Matriz em Formiga

Publicado em: 7 junho 2017
Bernadete Seixas

A apresentação será nos dias 10 e 11 de junho com o Coral Crescere de BH,e  quem tocará será o organista formiguense Antônio Olímpio Nogueira                     

Neste ano, o órgão de tubos da Matriz São Vicente Férrer completa 80 anos, com isso, a Secretaria de Cultura em parceria com a Paróquia São Vicente Férrer, em Formiga, promoveram concertos para celebrar a data.

A primeira apresentação foi em abril, junto às festividades do dia do padroeiro São Vicente Férrer, e agora a segunda edição será nos dias 10 e 11 de junho, no mês das comemorações do aniversário da cidade.

No dia 10 de junho, sábado, após a missa das 19h00, haverá o concerto com o  Coral Crescere de BH, e quem tocará será o organista formiguense Antônio Olímpio Nogueira. No dia 11, domingo, a apresentação do Coral Crescere será após a missa das 09h30.

Conforme o secretário de Cultura, Aluiso Veloso, pelo menos mais um concerto deverá ser realizado até o final deste ano.

Orgão de Tubos

A máquina deste instrumento musical veio da Alemanha, trazida por padre Remaclo e pelo professor Strangenber. Já o mobiliário foi feito em Formiga pelo religioso irmão Anton Buchler, também alemão, que era um exímio carpinteiro. As madeiras são da variedade ‘violeta’, vindas da fazenda do professor na vizinha cidade de Pains.

O Coral Crescere

O coral foi fundado no dia 15 agosto 1990. Completa 20 anos ininterruptos de existência. É formado por ex-alunos dos Seminários de Caraça, Diamantina, Mariana, cantores convidados de outros seminários e cantores laicos convidados. Tem no repertório litúrgico, quase todo em latim, o ponto de referência. Isso faz que o CRESCERE seja um CORAL diferente, seja sui generis.

O título não foi por acaso. Afinal, CRESCERE, do latim que significa CRESCER, invoca o estado de êxtase em que sempre se encontra quem canta música de louvor; é o estado de CRESCER EM DEUS, buscado no amor e dedicação ao canto litúrgico, pois as músicas renascentistas até as atuais, aliadas à excelsa significação das letras, deixa de ser mero simbolismo, para significar a expressão maravilhosa da ligação entre a Criatura e o CRIADOR. E mais quando se canta em latim!

Talvez não há por este Brasil coral como este: originado de ex-seminaristas, que cantam música polifônica quase só em latim. A 1ª apresentação pública foi na Igreja da Boa Viagem, em missa celebrada por D. Serafim. Fez, desde então, inumeráveis apresentações. Seu canto já ecoou repetidas vezes pelos céus de Barão de Cocais, Caraça, Caranaíba, Carmópolis, Catas Altas, Caeté, Conceição do Mato Dentro, Conselheiro Lafaiete, Contagem, Córregos, Diamantina, Esmeraldas, Gouveia, Luz, Mariana, Ouro Preto, Sabará, Santa Bárbara, São João Del Rei, Serro, Sarzedo, Suzano, Taquaraçu de Minas e em Belo Horizonte já cantou em quase todas as igrejas.

Célebres concertos de que participou justificam a fama do CORAL: concerto de Órgão e o Coral, com Lucas Raposo, nas comemorações do jubileu do Colégio Santa Marcelina, e dois recitais natalinos na Capela do mesmo Colégio; dois concertos no Teatro Municipal de Sabará, sendo um em comemoração aos 289 anos de elevação da cidade à Villa Real; concerto do 1º Encontro Internacional de Corais de Diamantina, na Igreja do Rosário, que ficou literalmente lotada para ouvir o Coral durante mais de uma hora. Participações em diversos Minas Cantat (promoções da FEMICOR); breves concertos a capella como na Academia Municipalista de Letras (posse do Pe. Tobias como acadêmico); na PUCMinas – homenagem a Dom Belchior Neto; na Câmara Municipal de Belo Horizonte; natalinos no Mosteiro das Irmãs Beneditinas; na Igreja de São José; na Igreja da Boa Viagem (Vesperae Solennes da posse de Dom Walmor); nos ofícios das trevas de Semana Santa em Sabará. São tantas as participações solenes do CORAL que se torna impossível enumerar. O CORAL tem, em sua programação para executar até dezembro do corrente ano, um roteiro de concertos/recitais e Missas Solenes em 10 (dez) cidades históricas do Circuito da Estrada Real, a começar por Diamantina – MG e terminando em Paraty – RJ, com base na Lei de Incentivo Fiscal do Ministério da Cultura – Lei Rouanet (PRONAC).

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