Cinco virtudes inspiradoras de Maria para viver sua vocação

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O quinto mês do ano, maio, seguindo a piedade cristã, é tradicionalmente destinado à Maria: das Graças, de Lurdes, de Fátima, de Aparecida, ou simplesmente Nossa Senhora. Dedicar um mês todo a Ela remonta a tempos passados, quando se dedicavam trinta dias de exercícios piedosos em sua honra. Honra prestada no Evangelho, apresentando sua personalidade em seu silêncio, que enaltece sua humildade.

O enviado de Deus se apresenta e lança o convite. Num gesto puramente humano, Ela se assusta com tal mensagem.

Como seria possível tornar-se parte de tão belo sonho?

Maria dialoga para discernir, reflete em silêncio e, enfim sem medo, diz SIM pois confia no Senhor.

Shutterstock/Immaculate
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Essa piedade cristã e mariana, celebrada solenemente com orações, coroações, novenas, recitações do terço e procissões, é para celebrar as manifestações da Virgem Maria para com a humanidade. Maria escutou a Palavra, acolheu-a no íntimo de seu coração, e abriu espaço para Deus. Assim, nossa devoção mariana é cristocêntrica, pois Maria nos guia, nos aponta o autor de toda vocação.

Maria nos inspira com suas virtudes! Listamos cinco delas para vivermos plenamente a nossa vocação.

1. Humildade

Essa virtude foi-nos ensinada pelo próprio Filho de Deus, pedindo para que procurássemos imitá-lo: “Aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração” (Mt 11, 29)Maria foi a primeira e a mais perfeita discípula de Jesus. Embora se visse enriquecida de graças, pois mereceu ser exaltada sobre todas as criaturas, nunca se julgou acima de quem quer que fosse. A humildade foi o encanto que a prendeu ao coração de Deus. E como é próprio do humilde, colocou-se a serviço, preferindo servir do que ser servida.

2. Fé

Nos dirigimos à Maria como a Mulher de Fé! Com seu consentimento à Encarnação, abriu-nos o paraíso. A fé é, ao mesmo tempo, dom e virtude. E nos deve servir de norma, não só para crer, mas também para agir. A prova de uma fé viva é viver conforme o que se crê. O justo vive da fé (Hb10, 38), Maria assim viveu. Saindo de si mesma, arriscou-se, jogou-se inteiramente nas mãos de Deus com confiança. São Tiago já nos adverte: “Sem o espirito o corpo está morto, morta é a fé sem obras” (2, 26).

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3. Esperança

Da fé nasce a esperança. Maria, tendo a virtude da fé por excelência, teve também a virtude da esperança. Mostrou que era grande sua confiança, como, por exemplo, quando pediu ao Filho o milagre do vinho em favor dos esposos de Caná. Mesmo diante da repulsa do Filho, ordenou aos servos para fazer tudo o que Ele ordenasse, pois era garantida a graça rogada. Assim, só de Deus devemos esperar a graça, dizendo sempre como o apóstolo: tudo posso naquele que me fortifica (Fl 4, 13).

4. Obediência

LEIA MAISConheça o Padre Felipe de Castro, um jovem sacerdoteVeja algumas dicas para rezar pelas vocações em casaCristo, vencedor da morte e redentor da humanidade“Eis aqui a serva do Senhor”Maria nunca contrariou a Deus, nem por ações, nem por pensamentos. Foi obediente em tudo a divina vontade. Provada em sua missão, até ver-se aos pés da cruz, onde seu Filho fora crucificado e morto, permaneceu de pé. Maria nos ensina a não vacilar na fé nos momentos de dificuldades, mas acreditar nas maravilhas que d’Ele provém e cultivar sempre um coração agradecido.

5. Oração

Importa orar sempre e nunca desanimar (Lc 18, 1). Ninguém melhor do que Maria para nos servir de exemplo e ensinar a necessidade de oração perseverante. Foi, abaixo de Jesus, a mais perfeita na oração, rezava completamente recolhida e livre de qualquer distração. A oração de Maria é marcada pela atitude de obediência, como mãe-discípula. Ela nos estimula e aponta Jesus, nos convidando também a sermos servos e discípulos.

Ir. Joaquim Acassio, C.Ss.R.
Missionário Redentorista – A12.com