A Diocese de Januária (MG) e inúmeras instituições, ONGs, associações, segmentos públicos, movimentos, pastorais, associações, escolas, organizações e serviços promoveram um ato público no dia 25/02/2019, ocasião em que completa-se 30 dias do rompimento da barragem de rejeitos de atividade/mineração em Brumadinho – MG. Nas palavras de Dom José, Bispo Diocesano de Januária: “hoje queremos com este ato público nos solidarizarmos com todas as pessoas que diretamente foram atingidas por mais uma tragédia em Minas Gerais e nós que indiretamente também somos ou seremos afetados pelas consequências de tal. Afinal, o Rio São Francisco e o que resta ainda de seus afluentes estão em iminente risco de contaminação”.
Diversas autoridades no ato público informaram a população presente sobre dados estatísticos decorrente do rompimento da barragem em Brumadinho, bem como sobre as políticas de contenção dos rejeitos da lama e preservação do Rio São Francisco para que este não venha a ser afetado pela contaminação. Foi dada a palavra também para lideranças comunitárias ribeirinhas que vivem na prática a luta pelo Rio São Francisco vivo, uma vez que estas povoam as suas margens e dele diretamente retiram o seu sustento. Este primeiro momento aconteceu na Igreja Catedral de Januária e foi selado por uma celebração ecumênica presidida pelo Pastor Ricardo Cordeiro presidente do Conselho de Pastores de Januária e por Dom José Moreira da Silva bispo diocesano.
O segundo momento do ato encerrou-se num lindo abraço simbólico do “Velho Chico”, onde no cais da cidade de Januária inúmeras pessoas voltaram seus olhares para águas do Rio, desejoso de que o mesmo continue vivo e matando a fome e a sede de tanta gente, e que a ganância pelo poder não seja maior que o seu direito de viver e continuar jorrando água limpa e saudável. Uma carta pública foi divulgada, ela é assinada por diversas instituições e segmentos civis e religiosos e retrata de forma precisa a grande preocupação destas para com as atividades decorrentes da mineração quando não devidamente fiscalizadas. Ressalta ainda de que algo precisa ser feito e de modo emergencial para que outras tragédias não ocorram.
Fonte: CNBB Leste 2