A diferença entre arrumar-se para si e para os outros

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Você sabia que a nossa forma de nos vestirmos reflete um pouco nosso estado emocional e psíquico? Sim, reflete sim! Observe você e suas variações na forma de se vestir e se arrumar. Nos dias em que está mais desanimada, não tem muito ânimo ou disposição para pensar em uma combinação bacana, em passar um batom decente na boca, talvez, nem arrumar o cabelo. Porém, naqueles dias em que a animação é sua parceira e o dia parece mais feliz, pois “nada é capaz” de abalar seu estado de espírito, a roupa fica mais arrumada no corpo, o batom, rímel e um blush não são peso, e sim parte de você. Percebeu o quanto nossa apresentação pessoal está ligada a como estamos interiormente?

O sentido de arrumar-se muda quando nos conhecemos e nos amamos

Pois bem! Se por meio de roupas, calçados, maquiagem e cabelo, refletimos externamente o que estamos vivendo em nosso universo interior, fica a pergunta: “Tenho me arrumado para quem? Para mim ou para os outros?”.

A diferença entre se arrumar para si e para os outros

Foto ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com

Uma pergunta muito boa de ser feita, pois, se ao longo dessa reflexão, você perceber que sua imagem está liga ao outro, provavelmente é porque, talvez, você nem saiba ainda quem realmente é! Pois, se me visto para o outro, estou vivendo a partir do olhar do outro e não do meu. O que pode gerar sofrimento psíquico e dependências emocionais. É claro que não se pode negar que existe uma “necessidade” do olhar do outro. Queremos sim sermos vistos. Principalmente as mulheres, pois elas têm essa necessidade maior do que os homens. No entanto, trata-se de um desejo de ser visto, notado, de existir na vida de alguém, e não de se vestir conforme o outro aprova ou desaprova.

Nunca perca seu brilho

Quantas pessoas, ao viverem o término de um relacionamento amoroso ou até mesmo o rompimento de uma amizade, relatam terem percebido o quanto se sentiram desconfiguradas durante esse relacionamento! Por terem ouvido que eram extravagantes em sua forma de sorrir, que suas roupas eram antiquadas, que precisavam disso ou daquilo… E, ao final, perceberam que já não era a sua identidade que estava sendo refletida, mas a identidade projetada pelo outro. Esse é o ponto principal dessa indagação.

Precisamos sim, nos adequarmos aos ambientes e lugares. Não dá para irmos de tênis, calça jeans e camisa de malha em um casamento. Assim como não dá para ir ao parque de diversões de salto alto e vestido de festa. A harmonia e o equilíbrio precisam existir, mas, junto, uma identidade e um estado emocional saudável, para não viver na dependência de uma aprovação que pode nunca existir.

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Como você se enxerga?

Outro bom aspecto dessa reflexão é pensar sobre como você enxerga sua imagem. Ao olhar-se no espelho, a imagem refletida lhe agrada? Você está feliz com essa imagem?

Caso a resposta seja sim, fico imensamente feliz por conseguir chegar neste ponto. Mas caso seja não, convido você a pensar sobre você, sobre sua imagem. E fazer as seguintes perguntas: Você tem olhado para você? Tem se cuidado? Tem se sentido feliz com o estilo de roupa que está usando? Tem seu próprio estilo?

Tais perguntas podem ser o começo para aqueles que desejam fazer este caminho de volta, de arrumar-se para você, pois ninguém melhor que você deve saber o que, de fato, retrata a sua identidade e personalidade, seus valores e cultura. Tudo isso caminha junto. Sabendo quem você é, seus valores e estilo de vida, com toda certeza deixará de “mendigar” o olhar de aprovação do outro e deixará de ser um manequim nas mãos de quem talvez não o conheça. Comece por aqui, trace seu perfil, invista nele e seja feliz com a sua imagem.