Saiba mais sobre os livros da série especial: Centenário da Diocese de Luz
Na comemoração do Jubileu do Bispado, a “Série Centenário da Diocese de Luz” traz de volta a lume, em edição fac-similar, três importantes e raras obras sobre a história e a cultura religiosa de Luz e do Centro-Oeste Mineiro: a revista “O Município de Luz e as comemorações de Setembro de 1941” e os livros “O Bispado de Aterrado” (1941) e “Reminiscências da Peregrinação de Nª. Sª. de Fátima” (1954).
Fruto de parceria entre a Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais, o Arquivo Público Mineiro (que gentilmente digitalizou o material), o Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, a Diocese de Luz e o Município de Luz (patrocinador da impressão de 500 exemplares da nova publicação), trata-se de um presente cultural que resgata o valioso conteúdo desses trabalhos, há muito esgotados e que vinham se perdendo ao longo de décadas.
A edição fac-similar foi diagramada e impressa pela Grafiluz, da cidade de Luz.
Além de se preservar dados e informações históricas, deseja-se divulgar as publicações para estudantes, pesquisadores e quem mais se interesse pela história e a cultura do povo do Município de Luz, da Diocese Luceatina e do Centro-Oeste Mineiro.
Optou-se por realizar edição fac-similar, conforme costume atualmente utilizado na preservação e divulgação de obras de valor histórico e cultural com raros exemplares disponíveis em bibliotecas. Assim, realizou-se a reprodução fiel de todo o conteúdo das obras exatamente igual aos originais, inclusive no tamanho, acrescendo mensagens das instituições parceiras e breve comentário sobre cada livro.
IX – Primeiro Livro: “O Município de Luz e as comemorações de Setembro de 1941”
A primeira publicação da série chama-se “O Município de Luz e as comemorações de Setembro de 1941”. Documenta as celebrações de inauguração desta Catedral e da 5ª Conferência da Província Eclesiástica de Belo Horizonte, realizadas numa semana histórica quando a cidade de Luz se revestiu de gala em vasta programação sócio-cultural e religiosa.
O então Prefeito Municipal, Capitão Alexandre S. d’Oliveira Dú, idealizou e patrocinou, com recursos pessoais, a publicação dessa revista. Editada em “plaquette”, apresenta uma ideia da situação municipal naquela época, além de divulgar “o que tem sido a sua administração, nesta gleba abençoada por Deus”. É um atrativo convite para se visitar a capital religiosa do Centro-Oeste de Minas.
Impressa pela Tipografia Diocesana, sob responsabilidade do jornalista Arlindo Corrêa da Silva, contém “Noticias e discursos, com documentação fotográfica, das solenidades” e “dos banquetes realizados entre 17 e 21 de Setembro de 1941” na cidade de Luz.
Desta obra, que ora se devolve ao povo luzense com o selo da coleção “Tesouros do Arquivo”, são poucos os exemplares conhecidos. Dois deles são bem preservados pelo Arquivo Público Mineiro, a quem foram doados pelo historiador Edelweis Teixeira.
XII – Segundo Livro: “O Bispado de Aterrado: Dados Históricos e Estatísticos de todas as suas Paróquias, com ilustrações”
Com o mote de perpetuar a época de construção da nova Catedral de Luz e de salvaguardar a história de cada uma das paróquias da Diocese, Dom Manoel Nunes Coelho publicou, também em setembro de 1941, o opúsculo “O Bispado de Aterrado: Dados Históricos e Estatísticos de todas as suas Paróquias, com ilustrações”.
Para tanto, contou com a colaboração do clero, convocado a tal empreendimento pelo próprio bispo. Na Circular expedida em 20 de maio de 1939, o prelado solicitava aos padres responderem “questionário minucioso sobre dados históricos, geograficos e estatísticos de cada paróquia”.
Após alguma insistência com certos colaboradores, o resultado do trabalho foi reunido na monografia impressa pela Tipografia Diocesana. As páginas de “O Bispado de Aterrado” são ilustradas com clichês de todas as capelas e matrizes paroquiais, além de fotografias das principais edificações da Cidade de Luz. A obra é encerrada com o “Mapa da Diocese de N.ª S.ª da Luz do Aterrado”, contendo planta da sede episcopal.
São pouquíssimos os exemplares conhecidos desta obra. Um deles está bem preservado na Biblioteca Pública do Estado de Minas Gerais, em Belo Horizonte. Outro é arquivado na Cúria Diocesana de Luz.
XV – Terceiro Livro: “Reminiscências da Peregrinação de Nª. Sª. de Fátima pelas Paróquias do Bispado de Aterrado de 17 de Abril a 28 de Junho de 1954”
Durante o Ano Santo Mariano de 1954, “comemorativo do primeiro centenário […] do dogma da Imaculada Conceição”, Dom Manuel Nunes Coelho desejou “despertar em todas as almas e corações […] o espírito de afervoramento à devoção” de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, que tem em Luz o segundo santuário do mundo a ela dedicado: o primeiro fora o de Portugal.
Durante 71 dias, a imagem peregrina percorreu todas as freguesias do Bispado de Luz, em carro especialmente decorado e “equipado com serviço de alto-falantes”. Os principais acontecimentos da viagem foram registrados por Dom Manoel no livreto “Reminiscências da Peregrinação de Nª. Sª. de Fátima pelas Paróquias do Bispado de Aterrado de 17 de Abril a 28 de Junho de 1954”.
O trabalho original foi impresso em Luz, pela Tipografia “Marí”, de Serafim Alves Moreira, “Fico”. O nome da gráfica é uma homenagem a Maria, Marina, Marivaldo e Marília, filhos do proprietário, que por dois anos editou o jornal “O Espectador”, em parceria com Djalma Alves de Azevedo, saudoso luzense que também integrou o Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais.
Trata-se de obra raríssima, da qual resta apenas um único exemplar conhecido. Suas páginas são ilustradas com os mesmos clichês estampados no livro “O Bispado de Aterrado”, editado 13 anos antes.