Paróquia São Carlos Borromeu – Lagoa da Prata/MG

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Pároco: Pe. Cássio Wagner Alves Vieira

Vigários paroquiais: Monsenhor Eustáquio Afonso de Sousa e Pe. Paulo Dias Barboza

Praça Coronel Carlos Bernardes, 141 – Centro | 35.590-030

Tel.: (37) 3261–1247 

E-mail: [email protected]

Comunidades Urbanas: 12 – Comunidades Rurais: 01

Atendimento Escritório Paroquial: 2ª e 6ª feira: 08h00 às 18h00.

Sábados: 08h00 a 12h00

Horário de Missas:

Sábado: Igreja Matriz: 07h00

Sábado: Igreja Matriz: 19h00

Domingo: Igreja Matriz: 07h00, 09h00, 18h00 e 19h30

Capela São Judas Tadeu: 10h30

Histórico

A Paróquia São Carlos Borromeu de Lagoa da Prata, localiza-se entre as Paróquias Santo Antonio de Santo Antonio do Monte (norte); Nossa Senhora do Rosário de Japaraíba (Leste); São Pedro Apóstolo de Moema (Oeste) e Nossa Senhora da Luz em Luz (Sul).

Antes da criação da Paróquia a capela era assistida pela Paróquia de Santo Antonio do Monte, cujo pároco era o Monsenhor Otaviano José Araújo. No dia 03 de janeiro de 1900, Monsenhor Otaviano celebrou a primeira missa na Igrejinha do Pântano, por ocasião da morte e enterro do Coronel Carlos Bernardes, fundador da cidade e doador do terreno onde foi construída a Igrejinha. Coronel Carlos Bernardes foi enterrado na própria igreja, onde hoje é a Matriz. Esse é um dos motivos pelo qual São Carlos Borromeu é nosso padroeiro. Monsenhor Otaviano era um padre muito dedicado ao trabalho apostólico, várias vezes veio a cavalo de Santo Antonio do Monte para celebrar missa, batizados, casamentos e visitar doentes.

Em 15 de junho de 1932, Dom Manoel Nunes Coelho, Bispo Diocesano de Luz, criou a Paróquia São Carlos Borromeu, do Pântano. Seu primeiro pároco foi o Padre Geraldo Bento de Souza. Segundo alguns escritos referentes a esse padre, dizem que ao terminar a celebração de sua primeira missa, o povo, para demonstrar sua alegria, soltou vários foguetes – Padre Geraldo desapareceu e ninguém mais soube dele. Ele tinha “neurose de barulho”.

Outros sacerdotes deixaram marcas de sua passagem na Paróquia: 1932-1936 – Pe. João da Mata Rodarte; 1933-1935; Pe. Symphonio Bahia da Rocha; 1934: Padre Antonio Dias Maciel, período muito curto. A frequência dos fiéis crescia mesmo sem a presença do padre residente. 1935 chega o Padre José Augusto Saraiva até 1938. De 1936 a 1938 vários missionários passaram por aqui, catequisando, avivando a fé do povo. 1938-1939: Pe. José Aparecido Pereira.

Em junho de 1939 chega o Padre Pellegrino Guarino, italiano. Vendo a assídua e abnegada participação dos fiéis que crescia cada vez mais, sentiu a necessidade de ampliar a igreja. Demoliu a pequena igrejinha e construiu a que existe até hoje. A obra teve início em 1942 e só foi concluída 12 anos depois, em 1954. Pe. Guarino era um padre simples e humilde. Várias vezes foi a São Simão (Japaraíba) à cavalo para atender àquela comunidade, celebrando missas, batizados, atendendo às famílias. Na paróquia contava com o apoio dos Vicentinos, lembrando aqui que a Primeira Conferência foi a de São Carlos e foi criada em 27 de setembro de 1925. Hoje, já são 27 conferências no total. Havia também o Apostolado da Oração, Mães Cristãs e Congregados Marianos. Padre Guarino viveu para o sacerdócio, vida de pobreza e doação. Morreu pobre, ajudado pelas famílias de boa vontade de nossa paróquia, em abril de 1960 e está enterrado na Igreja Matriz na Capela Nossa Senhora do Carmo, de quem era devoto (a Capela faz parte da Igreja após a reforma). O pedreiro da Igreja é o Sr. José Cró, vivo até hoje. Carpinteiros: Sr. Ilídio Carvalho e Sr. Eurico Morais (ambos falecidos). Pintor artístico: Sr. José Neto (falecido). Fundadores da primeira Conferência Vicentina: Sr. José Maria Botelho, Sr. Horácio Andrade, Sr. João Baia, Sr. Cícero Mateus Borges, Sr. Olavo Rezende. Primeiras catequistas: Maria de Lourdes e Olga Dôco.

Em 1952 chega o Pe. José Pires de Oliveira, líder nato, dinâmico, idealista, nascido na vizinha cidade de Arcos. Termina a construção da Igreja (pintura, bancos, microfones). Promove festas religiosas, entre elas a Semana Santa, com procissões luminosas, alas organizadas, dois a dois, muito silêncio durante o trajeto. Ele sempre trazia pregadores de fora, tanto para pregar como para ajudar nas confissões, inclusive nas primeiras sextas-feiras do mês; conferências para o povo. Tinha grande visão do trabalho em equipe. Promovia a Páscoa dos estudantes, trabalhadores, professores, jovens, mulheres, homens, crianças, doentes, criando assim oportunidades para estar perto do povo. Criou a Banda de Música, Semana Eucarística por ocasião do Congresso Eucarístico Nacional, Cruzada Eucarística Infantil, Ação Católica, JEC (Juventude Estudantil Católica), JIC (Juventude Independente Católica). Missa nas primeiras sextas-feiras às 05:30 da manhã por causa do povo que ia trabalhar. Criou os coroinhas, são estes os primeiros: José Eustáquio de Castro, Saulo e Sérgio de Castro, Vital de Castro, José Tavares Resende e Ivan Perilo de Araújo. Criou as barraquinhas na Praça da Matriz envolvendo todos os movimentos para o trabalho com o apoio e participação do comércio. Toda renda era revestida para o término da Matriz e também para ajudar na construção do “Ginásio Monsenhor Otaviano”, hoje, “Escola Estadual Nossa Senhora de Guadalupe”. Pe. José Pires acreditava que a cultura abriria os horizontes e a mente dos jovens de Lagoa da Prata. Nunca mediu esforços para conseguir o que era valor para o povo. Antes mesmo do Concílio Vaticano II, Pe. José Pires já conhecia e acreditava na força do leigo, abriu-lhe espaço e o valorizou. Contávamos com a presença nesta época das religiosas Inês Broshuis, Joana e Cecília do Instituto Secular “Unitas”, que trabalhavam como catequistas e professoras do ginásio. Pe. José Pires partiu deixando exemplo de liderança, de garra e de participação.

Em 19 de Março de 1959 chegou Monsenhor Alfredo Dohr, alemão, vindo da Paróquia Nossa Senhora da Saúde, de Perdigão/ MG. Trabalhador incansável pelas vocações sacerdotais e grande devoto de Nossa Senhora. Levou o mês de maio para ser celebrado nas famílias, trouxe de volta as coroações com os anjos. Doou carrilhões de sinos para a torre da igreja, a imagem de Jesus crucifixado que está ao lado do altar. Construiu a Casa Paroquial (atrás da igreja) e nomeou os primeiros ministros extraordinários da Sagrada Comunhão: Dr. Jeunon, Ismael Ribeiro, Olga Dôco, Professor Leonardo Vasconcelos, Professor Pedro Paulo Rezende, Irmã Maria Helena, Irmã Jane e D. Tereza, leiga consagrada, só para o SOS. Ela não foi só Ministra Extraordinária da Sagrada Comunhão daqueles que ali estavam, mas fez comunhão com aqueles que já não tinham voz e vez, devolvendo-lhes a dignidade humana e a fé na vida. Monsenhor Alfredo reformou a igreja, dando-lhe acréscimo nas laterais, colocou mármore em volta de toda a igreja (por dentro). Apoiou o Congado até então afastado da Igreja. Construiu o “Túmulo do Vigário” no Cemitério da Saudade. Era muito procurado para abençoar as pessoas, objetos, carros, casas, etc. Deu todo apoio aos movimentos, deu voz e vez aos leigos, seguindo as metas do Concílio Vaticano II.

Apoiou também a Feira do Amor, onde os participantes do movimento de Cursilho e voluntários, sem distinção de raça, cor ou classe social dedicaram parte do seu tempo, construindo casas para os menos favorecidos, com materiais doados pelo povo. Criou também, junto com a Irmã Maria Helena, o Centro Catequético, a primeira parte, com dinheiro da Alemanha. Conseguiram levar até o ponto de rebocar e o restante foi conseguido através do mês de maio e promoções diversas. Apoiou a Irmã Jane com as “Casas da Amizade” e o trabalho do “Clube de Mães”. Criou a missa da juventude às 10:00 horas da manhã e a entregou ao Movimento do Shalom. Apoiou os vicentinos, ele também era um deles. Foi participante do Cursilho, Liga Católica, Pia União de Santo Antonio, Apostolado da Oração e Catequese. O trabalho de Secretaria era feito pela Dona Maria Alacoque.

No final sua participação aqui em Lagoa da Prata contou com a colaboração do Padre Olavo Cabral e depois o Padre Eustáquio. Monsenhor Alfredo foi pároco nesta Paróquia durante 27 anos. Apesar de doente e muito nervoso, era muito querido pelo povo. Quando completou 25 anos de pároco fez-se uma grande festa de “Bodas de Prata”. Faleceu em 11 de Dezembro de 1985.

Em 12/09/75 aconteceu a primeira ordenação sacerdotal na Paróquia do Padre Sebastião Fernandes Pereira. Em 24/10/1982 foi ordenado o Padre Joaquim Vitório de Aquino.

Primeiros cursilhistas da Paróquia: Professor Pedro Paulo Rezende, Albertina de Castro e Amélia Vasconcelos.

Primeiros casais do ECC: Professor Bosco e Mariinha, Antonio e Áurea, Franklin e Adélia, César e Marli, Sr. Xisto e Da Xanda.

Movimento Familiar Cristão: Renato e Sonia Mesquita, Franklin e Adélia.

RCC: Dr. Jeunon e Eugênia, Da. Zazá e Adélia

Em 1976 o Monsenhor Waldemar Chaves de Araújo veio fazer parte desta Paróquia. Já muito conhecido pelas famílias, principalmente pela família do Sr. Toniquinho Rezende. Veio como coadjutor do Monsenhor Alfredo, na época, já muito doente. Monsenhor Waldemar era responsável pelas OVS (Obras das Vocações Sacerdotais) da Diocese. Como pároco ajudou na obra de desenvolvimento, providenciou reparos já carentes e inadiáveis. Apoiou os movimentos, dando-lhes espaço para desenvolver seus talentos através do trabalho, contribuindo assim para o crescimento do Reino de Deus. Iniciou a construção da Igreja São Sebastião e o Dízimo Paroquial. Foi diretor da Faculdade do Alto do São Francisco e Reitor Diocesano de Luz. Alguns padres o auxiliaram na paróquia: Padre Luciano Martins dos Santos trabalhou durante um ano, apoiando as CEB’S. Pe. Joel Bernardes cuidou dos doentes e idosos, além de outras atividades. Monsenhor Waldemar criou a Secretaria Paroquial funcionando no Porão da Igreja Matriz e nomeou o sr. Anésio como secretário e sua irmã Isabel, com secretária.

Em setembro de 1986 o Padre João Reis Vieira foi nomeado coadjutor do Monsenhor Waldemar (lembrando que ele já havia prestado serviços como diácono nesta paróquia).

Em 1987 Padre João Reis já era pároco e chegou para ajuda-lo o Padre Antonio D’Simone. A Secretaria foi reformada e passou a funcionar na antiga casa paroquial e criou-se também a Livraria Paroquial.

Os Conselhos foram reforçados e iniciou-se o curso para Ministros da Sagrada Comunhão.

Em janeiro de 1988 houve a Primeira Semana Missionária com a participação dos Leigos, por ocasião da ordenação presbiteral do Diácono João Batista Lopes, Sacramentino, e também os votos da Irmã Maria dos Santos Lopes da Congregação Companhia de Maria. Ambos são filhos do casal João Camilo e Laurinda.

Em abril de 1988, pela primeira vez, a Missa do Crisma deixou de ser na Diocese e passou para as Paróquias. Nossa paróquia foi a primeira a acolher a celebração.

No dia 07 de dezembro de 1989 Dom Waldemar recebeu a notícia de sua nomeação para Bispo.

Em 1989 surgem as primeiras comunidades fruto do projeto “Paróquia Rede de Pequenas Comunidades”. Foi ministrado curso para animador de comunidade baseado no Livro “Curso Básico para animadores de comunidades de Base”, VVAA, Edições Paulinas. Foram ministrados também cursos paras novos Ministros e para os que iriam trabalhar na Pastoral do Dízimo. Vieram o ECC (Encontro de Casais com Cristo), MAC (Movimento de Amizade com Cristo), EAC (Encontro de Adolescentes com Cristo), EC (Encontro com Cristo), Mães solteiras, desquitadas, viúvas. Padre João Reis apoiou todos os segmentos que já existiam e reavivou a Pastoral da Juventude. À medida que a necessidade foi aumentando novas comunidades foram desmembradas das primeiras.

Em 1990 houve a Visita Pastoral de Dom Belchior, onde pela primeira vez, o Bispo visitou a periferia, visitando a Comunidade Nossa Senhora do Rosário. Dom Belchior acolheu o povo com muito carinho e o povo ficou emocionado.

Por uns quatro anos a Paróquia trabalhou muito na criação das demais comunidades, motivando e incentivando o povo e ministros a participarem. Por ser uma realidade nova, numa paróquia onde os movimentos são muito fortes e com uma participação muito ativa, o povo apresentava algumas resistências. Padre João Reis e Padre Antonio aproveitavam as datas e eventos importantes como: Campanha da Fraternidade, Semana Santa e Mês de Maio para distribuir tarefas para as comunidades. Chegamos assim ao total de 25 comunidades, incluindo as rurais, assistidas semanalmente pelos ministros e mensalmente pelo Padre.

Aos 28 de Janeiro de 2005, Dom Antonio Carlos Félix deu posse ao Padre João Bosco da Silva como Pároco da Paróquia São Carlos Borromeu, na presença dos padres da Forania, dos membros do Conselho Paroquial (CPP) e do Conselho Paroquial de Assuntos Econômicos (CPAE) e do povo de Deus. Durante quase nove anos Pe. João ficou à frente da Paróquia e realizou muitas “boas obras” com seu dinamismo e excelente senso de administração. Reforma da Secretaria Paroquial para melhor atendimento aos fiéis, reforma da Casa Paroquial, Reforma do Centro Catequético e construção do Centro de Eventos, Reforma da Igreja Matriz (construção da Capela do Santíssimo, uma nova Sacristia muito mais funcional, banheiros para o público masculino e feminino com bebedouros e fraldário).

Aos 04 de outubro de 2010 Dom Felix criou a nova Paróquia São Francisco de Assis em Lagoa da Prata, dividindo as comunidades da Paróquia São Carlos Borromeu, que, a partir dessa data ficou apenas com onze comunidades urbanas e uma comunidade rural. Pe. Marcos Tiago que até então era vigário paroquial na Paróquia São Carlos Borromeu foi empossado pároco da Paróquia São Francisco de Assis.

Pe. João foi transferido em 2014 para a Paróquia Sant’Ana de Bambui, e no seu lugar ficou o Pe. Patriky Samuel Batista, que tomou posse no dia onze de janeiro de 2014. Mais uma Paróquia foi criada em Lagoa da Prata aos 12 de Janeiro de 2014, tendo o Pe. Marcus Vinícius de Paula Silva como seu primeiro pároco, além de assumir também a função de vigário paroquial da Paróquia São Carlos Borromeu.